Projeto do Dia da Cegonha Reborn e a falta de bom senso dos políticos

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Reprodução: (Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro)

A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro aprovou o Projeto de Lei 1892/2023 que estabelece o Dia da Cegonha Reborn e é de autoria do então vereador Vitor Hugo.

Por motivos completamente óbvios, a criação de datas comemorativas por meio de projetos apresentados por vereadores possui apenas um único resultado: O DESPERDÍCIO DE VERBAS PÚBLICAS!

O problema se agrava ainda mais quando tais projetos tratam de assuntos absolutamente bizzaros, como é o tal Dia da Cegonha Reborn.

Ainda mais bizarro, são as justificativas apresentadas pelo vereador ao apresentar o Projeto de Lei, como por exemplo:

“O nascimento de um bebê é um momento singular na vida de uma mulher, e não é diferente para as mamães reborn, porém, os seus filhos são enviados por cegonhas, sendo esse o nome conferido às artesãs que customizam bonecas para se parecerem com bebês reais.”

Tal justificativa seria aceitável num mundo de fantasia imaginado por uma criança de 03 anos, mas não por um adulto que tinha como obrigação básica fiscalizar o Executivo e criar leis de interesse da população.

Qual seria o interesse da população na criação de um Dia da Cegonha Reborn?

Outro trecho da justificativa do tal projeto!

“Os bebês realistas estão ganhando cada vez mais espaço pois tornaram-se uma febre mundial. Surpreende ainda, o fato de que no mundo dos bebês reborn, existe até maternidade e parto.”

E ainda piora…

“Tendo em vista a relevância da Cegonha Reborn e em reconhecimento da ajuda psicológica que essas bonecas proporcionam a tantas famílias (…)”

Ajuda psicológica?

Qual a relevância para se gastar tempo e dinheiro público em algo como esse?

Não existem outras prioridades a serem tratadas pelo legislativo municipal?

Realmente é necessária a existência de vereadores para exercer esse tipo de função?

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